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  • Foto do escritorÁlvaro Dezidério

Você é o que Você faz - Ben Horowitz

Atualizado: 25 de mai. de 2022


Cultura não é arte, música ou filmes. Peço desculpas ao pessoal que trabalha com isso. Utilizamos esta palavra, equivocadamente, para definir o conceito pelo exemplo. Cultura é o conjunto de hábitos que emergem das relações sociais. Normalmente adaptados após tentativa e erro para a preservação e reprodução desta sociedade. A arte e música podem expressar a cultura do povo local, tal como samba e bossa nova, mas cultura não é a música, e sim uma expressão dela. O Rock dos anos 70 em suas letras expressou a cultua da época: o pós guerra, amor livre, liberdade. Nos anos 60 a contracultura de Jack Kerouack in On The Road rebelou-se contra a caretice dos anos 50.


Esclarecidos os conceitos, vamos ao livro. Ben Horowitz é um capitalista de risco que escreveu o melhor livro sobre montar negócios que ja li na vida: O Lado Difícil das Coisas Difíceis. (The Hard Things about the Hard Things). Sem firulas e com muito realismo ele conta sua história na Loudcloud e depois na Opsware, até ser vendida para a HP por 1,7 Bilhões de dólares. Vale muito a pena a leitura.


E neste livro Ben escreve sobre culturas empresariais. O texto é basicamente comparativo, mostrando como exemplos na história de construção de cultura com o objetivo que se deseja dão certo, e como esquecer da cultura pode dar muito errado.


Eventos Históricos como a Revolução Haitiana no final do século XVIII e início do século XIX, tratada como a mais bem sucedida Revolução contra a escravidão das Américas, sustentada em pilares de uma cultura desenvolvida pelos próprios escravos libertos, comparando-a com culturas empresarias tais como a UBER. Ao destacar os pontos importantes e como excessos incorporados na cultura podem causar problemas sérios. Basta dizer que a revolução se perdeu pela excessos e a UBER até 2016, não passaria no critério S, de ESG.


Chaka Sengour, o ex-líder de gangue e hoje educador de jovens da aulas sobre a cultura construída na prisão. Tem até NBA com Charles Barkley e Dennis Rodmann sobre ser você mesmo e a dificuldade de não ser para agradar.


Ben consegue fazer um paralelo muito didático porque viveu isso. Esteva la, na Loudcluod e Opsware, como um criador de culturas e que viu muita coisa dar errado exatamente por erros de elementos desenvolvidos na cultura. E hoje avalia e ajuda a construir culturas das investidas.


Eu sou suspeito para falar dele, porque além de ter escrito um dos livros que mais gostei na vida ele é fã de Rap e Hip-Hop, e deixa isso bem claro nos dois livros. Não há como eu não ser enviesado pela obra de Ben. Espero que você também.


Sugiro para todo mundo que gosta de ler e precisa lidar com criação de cultura em ambientes corporativos. É bem escrito, didático e com muitos, mas muitos casos reais.


1 abraço de quebrar costelas.


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